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terça-feira, 16 de março de 2010

EJA de Itacoatiara é pioneira em curso profissionalizante

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), criado para facilitar o ensino daqueles que não tiveram a oportunidade de cursar em tempo hábil o ensino regular, agora, tem novo fôlego. A coordenadoria do EJA de Itacoatiara implantou na Escola Municipal Maria Nira Guimarães o curso profissionalizante em Informática com ênfase em Web Designer, que beneficiará 90 alunos matriculados no EJA. Segundo Elbi Menezes, professora e uma das coordenadoras, toda a equipe se empenhou em buscar mecanismos para mudar a forma de conduzir e ver o EJA, “Este ensino é muito discriminado e nós conseguimos esses projetos para dar uma injeção de ânimo não apenas nos alunos mas também nos profissionais que atuam nessa modalidade”, disse a educadora. Todo o projeto pertence ao governo federal e é intermediado pelo Instituto Federal do Amazonas (IFAM), 35 professores foram capacitados e receberam um curso de especialização na área.
Elbi destacou que outros projetos serão implantados em outras escolas municipais e que o Maria Nira foi escolhido por sua situação geográfica privilegiada, que atende vários bairros, “Esperamos diminuir a evasão escolar e aumentar a freqüência em sala, o que já estamos conseguindo”, ressaltou. Evandro Rattis, gestor do Maria Nira, preciosou derrubar paredes e reformar uma sala para receber os onze computadores utilizados no curso que foram cedidos pelo Centro de Informática do Município de Itacoatiara (CIMI), mas, a escola ainda espera mais equipamentos que serão enviados pelo Ministério da Educação (MEC). Elbi ainda destacou que a EJA precisa de apoio para conseguir jogos de xadrez para outro projeto, que incentiva o desenvolvimento do raciocínio lógico dos alunos. Quem se candidata para essa boa parceria?

Por Clícia Roque
(clicia.roque@gmail.com)

Farmácia básica recebe medicamentos

Depois de ficar com o estoque de medicamentos reduzido, principalmente os do programa Hiperdia (hipertensão e diabetes), a farmácia básica volta a atender normalmente a população. Além da entrega direta no balcão, a farmácia também abastece os postos e Hospital Geral José Mendes, com este último apenas quando é necessário.
Weleyson Pedro Serudo, responsável pelo local, explicou que existia uma licitação aprovada e em andamento, mas, que por conta das mudanças na gestão do município, foi paralisada e por isso a falta de medicamentos. Mesmo assim, Pedro ressalta que os medicamentos do Hiperdia estavam abaixo do esperado, a nível nacional e isso atingiu o município. Segundo ele, os remédios chegavam, porém, com número bastante reduzido e, portanto, acabavam rapidamente. Dessa vez, Pedro afirma que a quantidade é boa e que os pedidos são feitos para durar 90 dias, “A população não precisa correr, pois nosso estoque não vai acabar de um dia para o outro”, disse. Segundo dados da farmácia, desde a chegada dos medicamentos, no dia 22, foram dispensados mais de 5500 comprimidos de um remédio indicado para hipertensão, o mesmo total que é repassado à população em um prazo de quase dois meses.
Pedro revela que outro entrave da farmácia é a falta de atualização nas carteirinhas dos hipertensos e diabéticos. De acordo com ele, os pacientes deveriam passar por uma triagem periódica visando o acompanhamento da evolução da doença, “É muito simples, o paciente só precisa procurar o posto de saúde de seu bairro e verificar coisas básicas, como peso e pressão, o responsável pela verificação deve anotar tudo pois isso deve servir não só para o paciente mas, para os levantamentos estatísticos da unidade”, declarou e completou dizendo que as coordenações das unidades básicas de saúde (USB’s) precisam levar essa prática mais a sério, “Falta divulgação desse trabalho pois deve facilitar o acesso da população a médicos e remédios”, finalizou.

Por Clícia Roque
(clicia.roque@gmail.com)

quinta-feira, 11 de março de 2010

CIDADANIA: Itacoatiara realiza Conferência das Cidades

Em preparação para a Conferência Estadual que vislumbra a 4ª Conferência Nacional das Cidades, Itacoatiara realizou no último domingo (28) a 2ª Conferência Municipal das Cidades. Na ocasião, foram discutidos o regimento e também a composição da delegação que deve representar Itacoatiara na próxima etapa. O acontecimento abriu espaço para ao diálogo entre o governo e a sociedade civil, para debater a implementação da política urbana.
Joaquim Frazão, secretário de Articulação de Políticas Públicas do governo estadual, acredita que a conferência das cidades é um instrumento do governo federal posto nas mãos da população tratar das questões da cidade, “É uma oportunidade para participar do futuro de suas cidades, mas, cabe aos prefeitos e governadores atuarem nessa direção”, disse o secretário. Frazão acredita que essa também é uma oportunidade para procurar soluções e alternativas para vários problemas sociais que tem como pano de fundo o êxodo rural e ocupações irregulares, comuns nas cidades brasileiras.
O crescimento desordenado das cidades configura mesmo uma grande preocupação, não só do governo, mas, de especialistas no assunto. Geraldo Alves, professor da UFAM, especialista em Espaço, declara que falta o cidadão ter consciência de que tem a obrigação de ajudar a administrar a cidade, “As pessoas têm que entender que o problema não é transferido para o eleito, no dia da eleição, é preciso acompanhar, participar e cobrar as ações dos governantes”. O professor explica que o povo não tem a tradição de observar o trabalho dos poderes executivo e legislativo, porém, se quiserem uma sociedade mais democrática essa participação é extremamente importante, “A sociedade pode e deve exigir que o poder público elabore leis que beneficiem o coletivo”, enfatizou.

Por Clícia Roque
(clicia.roque@gmail.com)

Fim de semana violento

O último domingo (28) foi marcado por tragédias na cidade. Raquel Pereira da Conceição, 4, morreu após ser atropelada por uma viatura da Polícia Militar (PM), no bairro Piçarreira. A criança deu entrada no Hospital Geral José Mendes, mas, não resistiu aos ferimentos. Jurandir Araújo da Conceição, pai de Raquel, contou que a família está passando por muitas dificuldades e que nem ele e nem a mãe sabem ao certo como tudo aconteceu, “Não sei direito, estou muito angustiado, alguns dizem que o carro deu ré com velocidade”, declarou Jurandir.
Explicações
Segundo Major Denildo Brilhante, Comandante do 2º batalhão da PM, foi aberto um inquérito investigativo interno para captar todas as informações das testemunhas do acidente, além dos pais da criança e dos policiais da guarnição, incluindo o soldado que conduzia a viatura, identificado apenas como Frank, foi ouvida a vizinha que estava na janela e socorreu Raquel. O Comandante informou que os soldados ouviram um barulho na parte traseira do veículo e ao olharam para trás, viram prováveis infratores na esquina e, ao dar a ré, não viram a criança, que segundo a vizinha, ia atravessando a rua. A própria viatura levou a vítima para o hospital.
Major Denildo lamenta que alguns meios de comunicação estejam falando do caso sem se preocuparem em apurar os fatos, mas, que todas as providências cabíveis estão sendo tomadas, “Nosso lema é servir e proteger, por isso, foi designada uma psicóloga para acompanhar a família e também o motorista”, finalizou.
Tragédia II
Enquanto Raquel era atendida pela equipe médica de plantão, uma mulher não identificada deu entrada com ferimento na altura do peito desferido por arma de fogo. A mesma não resistiu e morreu. O sinistro aconteceu na residência em que ela morava, no bairro Mamoud Amed, com o companheiro, que a socorreu após o disparo. Um inquérito foi aberto e a polícia trabalha com a hipótese de suicídio. Segundo Walter Cabral, delegado da Polícia Civil, um laudo deve ser liberado ainda essa semana.

Por Clícia Roque
(clicia.roque@gmail.com)