Itacoatiara perde mais um pouco da sua história
Esta semana o ex-subsecretário de cultura, João Bosco Borges, foi procurado para falar a respeito da autorização por ele concedida para a demolição do prédio, porém, negou que permitiu tal ação, dizendo que somente autorizou a reforma do prédio, mas o documento por ele assinado diz o contrário. Quedinho Pantoja, atual Secretário de Cultura, falou que desde o ano passado a Secretaria Municipal de Cultura estava fazendo o levantamento dos prédios históricos da cidade para em seguida darem andamento no que tange ao tombamento dos patrimônios históricos, isso juntamente com o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Mas devido à problemática na mudança de administração pública o trabalho não pode seguir em frente. “É um absurdo que duas secretarias permitam a derrubada de um prédio histórico”, reclamou Pantoja indignado com a situação, “nós estamos tentando preservar, restaurar esses prédios históricos, e precisamos colocar na cabeça que isso faz parte da história de Itacoatiara”, concluiu. O secretário ressaltou a vinda de uma representante do IPHAN que irá ajudar nessa questão.
No final da tarde de terça-feira, 11 de abril, o ex-secretário de cultura, o historiador Frank Chaves, fez seu pronunciamento, na Câmara Municipal, a respeito da licença concedida citando alguns pontos da Lei Orgânica, como o Artigo 1º em que fez a leitura onde diz que o município com a colaboração da comunidade deve proteger por meio de inventário, registros, vigilância e tombamento; o historiador disse que a falha na Lei Orgânica é que esses itens não foram efetivados e enquanto isso não acontecer essas demolições vão ocorrer sempre, continuou afirmando que os proprietários desses prédios não têm interesse em tombá-los. Ou seja, sem estas prescrições poderia sim se derrubar aquele patrimônio. Frank Chaves exemplificou dois patrimônios que hoje são protegidos como o Centro de Eventos Juracema Holanda e o canteiro central da Avenida Parque.
A Prefeitura Municipal embargou a demolição do prédio, porém, a fachada já estava toda no chão.
Por Jônisson Rolim
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