Empresa alemã vai comprar inicialmente 50 toneladas do insumo natural de produtores de três associações do Amazonas
Política estratégica da Puma Sports em ligar seu nome à Amazônia incrementará extração do leite da seringueira. A Puma Internacional, uma das mais importantes marcas de artigos esportivos do mundo, vai comprar 50 toneladas de borracha natural de três associações de seringueiros do Amazonas (Carauari, Boca do Acre e Itacoatiara). A empresa alemã, que tem representação no Brasil (Rio Grande do Sul) e também no Ceará, está se preparando para entrar fortemente no mercado nacional, da América Latina e, depois, mundialmente, com o selo amazônico de sustentabilidade de seus tênis e similares.
O acordo da cadeia produtiva da borracha neste caso específico envolveu o Conselho Nacional dos Seringueiros, Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Agrário, G.IZ (agência alemã de fomento), Afeam (Agência de Fomento do Estado do Amazonas), Sepror (Secretaria da Produção Rural do Amazonas), Idam, e Secretaria de Desenvolvimento Sustentável.
Coube ao diretor Roland Emelin, da Puma Sports, fazer toda a costura para que os seringueiros do Amazonas fornecessem a matéria prima base de solados de tênis e outros calçados da marca, que serão apresentados ao mercado mundial como produtos oriundos da floresta amazônica, dentro da cultura da sustentabilidade ambiental. “Vamos criar as condições para desenvolver produtos com a borracha produzida em áreas de seringais naturais do Amazonas”, destacou Emelin.
Produção
O Amazonas produz mil toneladas /ano de borracha e tem aproximadamente duas mil famílias trabalhando nos seringais. Segundo o presidente da ADS, Valdelino Cavalcante, o Estado está ampliando sua base de produtores de “seringa” em praticamente todas as calhas de rio. “Com um preço entre R$ 4,50 e R$ 5,00 por quilo de borracha, a procura tem aumentado e a produção está crescendo rapidamente. Com este novo negócio com a Puma, o mercado vai ficar mais aquecido”, declarou Cavalcante.
Apoios
O Ministério do Desenvolvimento Agrário tem investido no incentivo das ações de extrativismo, desde que amparadas em conhecimentos técnicos e com capacidade de ganhar escala mercadológica. O Ministério do Meio Ambiente apoia o arranjo produtivo do CNS com a Puma, por entender que a natureza está sendo preservada em uma área de risco ambiental, como a de Boca do Acre, por exemplo, que fica no arco da destruição e com forte presença de gado. A SDS, por sua vez, frisa que esta é a hora da borracha sustentável na economia verde do Amazonas.
Fonte: Acritica
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