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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Borracha da Amazônia em tênis da Puma

Empresa alemã vai comprar inicialmente 50 toneladas do insumo natural de produtores de três associações do Amazonas
Política estratégica da Puma Sports em ligar seu nome à Amazônia incrementará extração do leite da seringueira. A Puma Internacional, uma das mais importantes marcas de artigos esportivos do mundo, vai comprar 50 toneladas de borracha natural de três associações de seringueiros do Amazonas (Carauari, Boca do Acre e Itacoatiara). A empresa alemã, que tem representação no Brasil (Rio Grande do Sul) e também no Ceará, está se preparando para entrar fortemente no mercado nacional, da América Latina e, depois, mundialmente, com o selo amazônico de sustentabilidade de seus tênis e similares.
O acordo da cadeia produtiva da borracha neste caso específico envolveu o Conselho Nacional dos Seringueiros, Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Ministério do Meio Ambiente; Ministério do Desenvolvimento Agrário, G.IZ (agência alemã de fomento), Afeam (Agência de Fomento do Estado do Amazonas), Sepror (Secretaria da Produção Rural do Amazonas), Idam, e Secretaria de Desenvolvimento Sustentável.
Coube ao diretor Roland Emelin, da Puma Sports, fazer toda a costura para que os seringueiros do Amazonas fornecessem a matéria prima base de solados de tênis e outros calçados da marca, que serão apresentados ao mercado mundial como produtos oriundos da floresta amazônica, dentro da cultura da sustentabilidade ambiental. “Vamos criar as condições para desenvolver produtos com a borracha produzida em áreas de seringais naturais do Amazonas”, destacou Emelin.

Produção
O Amazonas produz mil toneladas /ano de borracha e tem aproximadamente duas mil famílias trabalhando nos seringais. Segundo o presidente da ADS, Valdelino Cavalcante, o Estado está ampliando sua base de produtores de “seringa” em praticamente todas as calhas de rio. “Com um preço entre R$ 4,50 e R$ 5,00 por quilo de borracha, a procura tem aumentado e a produção está crescendo rapidamente. Com este novo negócio com a Puma, o mercado vai ficar mais aquecido”, declarou Cavalcante.

Apoios
O Ministério do Desenvolvimento Agrário tem investido no incentivo das ações de extrativismo, desde que amparadas em conhecimentos técnicos e com capacidade de ganhar escala mercadológica. O Ministério do Meio Ambiente apoia o arranjo produtivo do CNS com a Puma, por entender que a natureza está sendo preservada em uma área de risco ambiental, como a de Boca do Acre, por exemplo, que fica no arco da destruição e com forte presença de gado. A SDS, por sua vez, frisa que esta é a hora da borracha sustentável na economia verde do Amazonas.

Fonte: Acritica

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