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sexta-feira, 30 de abril de 2010

ESPECIAL CIDADE



Colônia, o histórico bairro da cidade da Pedra Pintada





O bairro da Colônia é o mais antigo de Itacoatiara. Foi assim denominado devido existir naquela localidade a “COLÔNIA AGRO-INDUSTRIAL”, fundada em 1854, por Visconde de Mauá (Irineu Evangelista de Souza), data da época de Dom Pedro II. Mas o nome oficial era “COLÔNIA DE ITACOATIARA” onde havia plantações de cacau, café, mangueiras, algodoeiros, mandiocas, olaria, oficina mecânica, onde ancoravam navios a vapor da antiga Companhia da Navegação do Amazonas.
O lugar hoje é composto por escolas, posto de saúde, comércios, igrejas, prédios antigos, cemitério, praças e tem suas ruas todas asfaltadas. “O bairro da Colônia é bem estruturado e a convivência entre os vizinhos é boa”, declarou Alba Maria da Silva Macedo, 46, presidente da associação de moradores do bairro há três anos e sete meses. Problemas como o consumo de entorpecentes entre os jovens e a prostituição são pouco conhecidos dos moradores. O único problema que a presidente da associação enfrenta no bairro é o alagamento da Rua Francisco Glicério provocado pelas águas das chuvas e os buracos que nela existem. A senhora Tarsila era a moradora mais antiga do bairro, e faleceu há dois meses.
O tranqüilo bairro da Colônia se vê transformado quando chegam o carnaval, o natal e o dia das mães, quando a associação de moradores realiza eventos para a comunidade; mutirões sociais atendendo aos mais necessitados com atendimento médico, odontológico, corte de cabelo e demais atividades que contribuem para a melhoria na vida do bairro. Além da boa estrutura, o bairro tem uma das festas religiosas mais antigas da cidade, a festa do Divino Espírito Santo, que já está sendo preparada pelo pároco, padre Jorge González e seus paroquianos engajados nas diversas pastorais daquela comunidade. O tema da festa deste ano é “Espírito Santo, Vida e amor da Igreja em missão” e o lema “Fidelidade ao Espírito”. O objetivo deste trabalho é recuperar o ambiente familiar, a festa do padroeiro ocorrerá dos dias 13 a 23 de maio.
A Rua 15 de Novembro é a mais conhecida e a principal do bairro, abriga o primeiro cemitério da cidade e um antigo cemitério judeu. Nessa mesma rua pode-se chegar à famosa “Praça da Polícia”, ornada por plantas e flores, além de um pequeno coreto. O bairro é privilegiado por ter uma escola de grande referência em todo o município, a Escola Estadual Deputado Vital de Mendonça, cujo primeiro nome foi Escola Comercial de Itacoatiara (de 1952 à 1961), que mudou de nome por mais quatro vezes quando recebeu o nome que tem hoje.








Centenário, um bairro às margens do rio Amazonas



A tranqüilidade e a boa convivência fazem parte do cotidiano dos moradores

Centenário, bairro localizado à margem esquerda do Rio Amazonas, é o mais distante da cidade. Foi oficializado como bairro há apenas dois anos, apesar de ser muito antigo.
Segundo a moradora mais antiga do lugar, a aposenta Carlota de Andrade da Silva, 74, residente do bairro há 51 anos, ali era um pequeno povoado que devido às enchentes acarretou na evasão dos que ali moravam para a cidade, ficando no lugar poucos moradores. A aposentada relatou as dificuldades que sentem quanto à infra-estrutura do bairro, pois, falta iluminação na maioria das casas, não existem ruas, apenas caminhos que permitem a saída e entrada de quem reside naquela localidade. Mesmo com essas dificuldades, Carlota de Andrade, não deixaria o bairro para viver em outro lugar, pois, é tranqüilo, e todos vivem em paz.
Outro problema que enfrenta o bairro é quanto aos estudantes do período noturno que correm risco ao retornarem para casa depois das aulas, além das vias precárias de acesso às suas moradias, os alunos ainda têm que se embrenhar mata adentro na escuridão, foi o que relatou a funcionária pública Francineth Andrade, 42. Assim como os demais moradores, Francineth teve sua casa invadida pelas águas da enchente em 2009, junto com seus filhos e esposo resistiram a esta situação permanecendo ali mesmo até que tudo se normalizasse. As famílias do Bairro receberam após a enchente ajuda da Bolsa Enchente da Prefeitura Municipal.
No bairro Centenário, não há também comércios e os moradores têm que se deslocar até a cidade para fazerem suas compras. As poucas famílias que residem no Bairro sobrevivem da agricultura e da pesca, alguns ou estão desempregados ou não têm um emprego fixo, reclamam da falta de assistência que vêm sofrendo nestes últimos anos, ressaltaram ainda que são os mais esquecidos dentre o povo itacoatiarense. Mas, segundo o requerimento do deputado estadual Nelson Azêdo, o Bairro poderá ser beneficiado pelo Prosamim – que já beneficiou mais de duas mil famílias em Manaus.
Entretanto, a tranqüilidade, a paz e a boa convivência os acompanham cotidianamente, e nenhum morador seria capaz de deixar estes bens tão escassos para viverem na cidade com agitações e correrem riscos. No que tange ao bem estar daquelas famílias, elas preferem o que muitos não conseguem encontrar.


Santa Luzia, hospitalidade é o forte dos moradores



O bairro abriga a morada mais velha e mais antiga do lugar
Fundação
O bairro e seu nome surgiram através da devoção que os moradores nas décadas de 1940 e 1950 tinham à Santa. O acesso ao lugar onde hoje é a igreja só era permitido por meio de um caminho – atual Rua Isaac Peres.
Bairro hospitaleiro, onde as pessoas têm uma qualidade de vida bem diferente dos outros bairros de Itacoatiara, o bairro de Santa Luzia também faz parte da história da cidade. O movimento equilibrado das suas principais ruas demonstra a vida tranqüila da comunidade, mesmo sendo situado próximo ao agitado Centro da cidade. Os moradores usufruem de comércios como padarias, churrascarias, farmácias, açougues, clubes de festa, igreja e ruas pavimentadas.
O movimento comercial do bairro é estável, segundo o vendedor Ilker Frank da Silva Stone, 26 anos, e só aumenta na primeira quinzena de cada mês, “o pouco movimento nos comércios ocorre devido o aumento do desemprego em Itacoatiara”, declarou. A Rua Isaac Peres é que contém a maioria dos comércios do Bairro.
Anailton Freitas da Silva, 35, é auxiliar administrativo e reside a apenas quatro anos no Bairro disse que os moradores são hospitaleiros e de boa convivência; o bairro se torna mais agitado nos finais de semana quando há festas num dos mais badalados clubes do bairro, o Barracão Drink’s e Anailton que mora em frente ao clube não se incomoda com o barulho que se faz durante as noites.
Entretanto, o que deixa a comunidade bastante incomodada são as alagações que ocorrem na Rua Isaac Peres, a principal do bairro, pois quando chove o tráfego que de veículos é impossível e os pedestres têm que ir por outro caminho. Não somente os moradores, mas o presidente do bairro de Santa Luzia, reivindica melhorias para o bairro, pois, não há escola, posto de saúde, um campo de futebol para os jovens e as crianças se divertiram no final da tarde, um centro de convivência, e mais, falta de iluminação em outra rua que corta o bairro. “Tenho projetos para realizar no bairro, mas não depende só de mim, o que dificulta a concretização desses projetos são as respostas não dadas dos órgãos públicos”, desabafou Leopoldo Peres de Souza Silva, 43 anos, presidente da associação de moradores do bairro. A associação tem a pretensão de criar um centro social para os moradores. Problemas com marginalidade não há no bairro, segundo o que disse Leopoldo Peres, os poucos furtos que ocorrem são de pessoas vindas de outras localidades deixando os moradores receosos ao saírem de casa.
Residente num desconhecido beco, chamado “Beco Manaus”, a senhora Hermógina da Silva Freitas é a moradora mais velha de todo o bairro e reside ali há quarenta anos, além disso, é bastante conhecida pelos moradores de Santa Luzia. Nascida na Zona Rural, Hermógina, lembrou que onde hoje existem casas era apenas mato. A aposentada de 101 anos se locomove sem dificuldades, sai de casa para visitar filhos, netos e bisnetos, e vai ao banco sempre acompanhada de um familiar. Na última segunda-feira (19), Hermógina da Silva Freitas comemorou seu centésimo segundo aniversário.

Por: Jônisson Rolim

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