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terça-feira, 20 de abril de 2010

Santo Antonio, o bairro que não dorme

Entre os anos de 1979 e 1980 nascia o bairro de Santo Antônio, porém, somente seria oficializado com este nome em novembro de 1983, embora os moradores um ano antes, tivesse escolhido o nome. Considerado um dos bairros mais populosos da cidade e o mais movimentado, surgiu a partir da falta de assistência que sentiam as pessoas que moravam na Zona Rural que desejavam melhor educação, saúde, o lugar foi ganhando melhorias com a veemente reivindicações dos moradores como abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica e asfaltamento das ruas.
A comunidade também era chamado de “Bairro do Céu”, e ainda hoje alguns se referem a ele com este nome como declarou a moradora mais antiga, a aposentada Gertrudes Dias de Macêdo, 77. “Eu sou a primeira desde que começou o bairro, fui uma das fundadoras”, disse Gertrudes que ainda ressaltou que se tivesse que mudar de lugar, iria para mais próximo a igreja do padroeiro do bairro, Santo Antonio. “Gosto de tudo aqui, principalmente da nossa paróquia”, ressaltou.
Comércio em movimento
O Bairro também é conhecido por seus comércios varejistas localizados na Rua Borba, a principal do bairro, ali se encontram papelarias, padarias, drogarias, consultório médicos, bares em grande quantidade, lanchonetes, pequenas churrascarias, lojas de bijuterias e de material de construção. Taliana Barbosa, 23 anos, vendedora, diz que considera o bairro um grande centro comercial. “As pessoas deixam de ir ao centro da cidade para fazer suas compras no bairro”, declarou. O movimento no comércio aumenta durante o Fecani, principalmente quando chegam as festas de final de ano, relatou Sebastião Glória, vendedor da loja Lima Variedades, disse afirmando que o lugar é bom de se morar, infelizmente as ruas sofrem alagações no períodos das chuvas”, lamentou .
A primeira panificadora de se instalou há 25 anos, a Panificadora Santo Antônio, do empresário Antônio Rodrigues Torres. Seu filho Antônio Sérgio Abreu Torres, 32, reivindica que o trânsito da rua Borba é desordenado durante os finais de semana. “Tudo se torna um caos quando há grandes festas nos clubes, toda semana ocorre um acidente, jovens com suas motos fazem os chamados “pegas” durante a noite. As blitz realizadas pela polícia não são eficientes, deveria ser instalado um posto policial para regularizar o trânsito daqui”, reclamou Sérgio que ainda ressaltou que existem muitos menores que freqüentam os bares. “Trata-se de meninas que se prostituem em vista de sustentar o vício, sentimos a falta do Conselho Tutelar que aparece apenas nos bares na época do Fecani e do carnaval”, denunciou.
Maria Garcia Palheta, 70 anos é assídua freqüentadora e membro da comunidade de Santo Antônio, dedicou muitos anos de sua vida a serviço da igreja, porém, hoje já não pode mais fazer os mesmo trabalhos que antes realizava como limpar e lavar, pois seu estado de saúde já não permite isso; exerce somente o trabalho em duas pastorais o Apostolado da Oração e pastoral da Criança, “sempre gostei e gosto de participar de lá e pra eu sair daí só quando Deus me tirar”, declarou.
O bairro tem duas escolas e dentro de alguns meses deverá ganhar a terceira. Contudo a escola mais antiga do bairro é o Centro Social Urbano Vitória Régia, fundado no dia 8 de março de 1980, e há 30 anos serve a comunidade. Euda Figueiredo Cruz, supervisora da escola, disse que a escola tem alunos do bairro mesmo e de outros locais, que cedem a escola para a reunião da associação de moradores e para grupos realizarem ensaios e encontros. A escola é composta de 3 salas sendo duas integrais e uma o internato, trabalham nela 14 professores.
Há quatro meses como presidente da associação, Sônia Olímpio da Cunha, 54 anos, afirmou que existem vários projetos que desejam realizar, como crochê, bordados e atividades artesanais para que a comunidade obtenha através disso o seu sustento. Estão pleiteando junto à Câmara Municipal a criação de uma quadra poliesportiva e uma quadra de areia, terreno ao lado da escola Vitória Régia, visando o treinamento dos jovens engajados no Projeto Amazonas na Copa, do Governo do Estado, a quadra será utilizada para futuramente realizar mini festival folclórico no bairro, “Uma inovação, parte da iluminação pública do bairro já foi adquirida na Secretaria de Infra-estrutura do Município, assim como o tapa-buracos para as ruas, estamos recuperando o tempo perdido”, declarou Sônia que ainda pediu que os comunitários participassem mais das reuniões da associação levando idéias para a melhoria do bairro como o Bosque das Seringueiras limita o bairro com São Cristóvão, a área estava desativada, mas este ano foi revitalizado através dos pedidos da associação dos moradores do bairro.

Por: Jônisson Rolim
E-mail: Jon_memoriatua@hotmail.com

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