Visualizações do blog

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Código de Ética de Médicos entrou em vigor


No dia 13 de abril, entrou em vigor o novo código de ética médica, uma mudança que deve alterar toda a relação entre médico e paciente. Foram dois anos de discussão para que 400 delegados de conselhos de classe definissem as 118 normas que vão estabelecer como médicos devem atuar em clínicas, hospitais, consultórios e outros serviços de saúde.
A revisão da prática médica limita até mesmo a atuação dos médicos “pop-stars”: eles não podem fazer propaganda, exibir pacientes e tampouco fazer publicidade de seus consultórios. O fim do “reinado absoluto” dos médicos dentro dos consultórios é um dos pontos centrais do novo código. As novas regras fazem com que os pacientes sejam tão responsáveis pela escolha do tratamento clínico quanto os próprios médicos. Para isso, foi determinado que o profissional deve apresentar todas as possibilidades clínicas existentes – desde que comprovadas cientificamente – e deixar a escolha para o doente.
Isso pode afetar desde a linha terapêutica adotada para um simples resfriado, até as decisões tomadas na polêmica ortotanásia – também regulada pelo novo código de ética. A ortotanásia é termo médico usado para definir a morte natural do paciente, sem interferência de cuidados terapêuticos, quando não há mais possibilidade de cura. O procedimento agora é regulamentado para todos os hospitais.

Punição por letra feia

Se os pacientes estão mais “antenados” e informados sobre a prática médica, quando o assunto é caligrafia, boa parte dos especialistas parece não ter passado pela pré-escola. Os “garranchos” nas receitas médicas foram avaliados por uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) e a constatação – publicada no ano passado – é que a letra ilegível pode até mesmo interferir no tratamento.

No município de Itacoatiara, o médico responsável pela equipe técnica dos profissionais, doutor Cleiton Fabrício, declarou que na próxima semana deve receber em Manaus o novo código para aplicação das novas determinações no setor. “Acredito que tardou essas mudanças, a relação médico – paciente é fundamental para a eficácia dos tratamentos. A ética está sempre a frente de outros interesses que não seja a prática da medicina com todo seu rigor, o novo código veio ampliar esse processo de mudança de conduta”, disse.

Por Nara Mendes
Fonte: Portal do Médico

Nenhum comentário:

Postar um comentário